segunda-feira, 7 de junho de 2010

Muito feliz...mas com um pouco de melancolia - Baby Blues


Esse post escrevi em 07/06, qdo o Felipe havia nascido a apenas 7 dias. SAlvei raacunho e não publiquei. Hj melhorei bem, mas ainda penso na falta q a barriga faz.


Sobre o Baby blues...nunca tinha ouvido falar...agora estou me identificando.
Sinto falta da gravidez, de ser 'especial' sendo grávida, de ter meu bebê só pra mim. É louco, mas é o q sinto...muita falta da barriga, apesar de estar muito feliz com meu baby.


"Enquanto que a gravidez é vivida no quadro de um certo bem-estar psicológico, ao pós-parto associa-se, geralmente, uma diminuição do bem-estar da mulher. De facto, o período pós-parto é considerado um período de risco psicológico/mental na vida da mulher. Caracteriza-se por uma fase de instabilidade emocional, que afecta a grande maioria das mães, com sintomas que podem ser diversos.

Este quadro decorre do facto da mulher se ter que adaptar a um conjunto de mudanças que ocorrem a nível biológico, psicológico, conjugal e familiar, do qual pode resultar um desequilíbrio.

As primeiras mudanças associadas à maternidade verificam-se a nível biológico. O corpo da mulher muda progressivamente, ao longo da gravidez, mas, abruptamente após o nascimento do bebé.
A nível hormonal, os valores de progesterona e estrogénio que foram aumentando de forma gradual ao longo da gravidez, decrescem de forma brusca depois do parto, para voltar a assumir em poucos dias os valores anteriores à gravidez. Além disso, verifica-se a ocorrência de um aumento acentuado de prolactina para que se estabeleça a lactação.

Também a nível psicológico se operam grandes mudanças, sobretudo no que respeita à autonomia da mulher que passa a ter a seu cargo um bebé. Como consequência terá que integrar a sua identidade materna na sua identidade pessoal.

A nível conjugal, também ocorrem mudanças nomeadamente no que concerne à assumpção do novo papel parental, o qual deverá conciliar-se com a vida do casal.
Não obstante, pode ainda sinalizar-se todo um conjunto de mudanças a nível familiar, dado que a presença do bebé irá interferir com o equilíbrio existente entre os diversos membros da família.

Decorrida a euforia do pós-parto imediato, as mulheres tendem a entrar num estado ligeiramente depressivo - choro fácil, mudanças bruscas de humor, sensação de incapacidade, decepção, medo, insegurança, insónia, ansiedade, fadiga, irritabilidade e hipersensibilidade. Este quadro é benigno, não precisa de tratamento e denomina-se de “baby blues”. Ocorre sobretudo em consequência das alterações hormonais.

Alguns autores vêem no blues pós-parto “uma resposta emocional adequada e importante para a sobrevivência da espécie, dado que facilita a aproximação da mãe ao bebé” (…) “O blues pós-parto – considerado um aumento da reactividade emocional aos estímulos – constituir-se-ia, deste modo, na expressão subjectiva da activação do sistema biológico que promove a ligação mãe-bebé após o parto”

Apesar de ser um fenómeno normal e adaptativo, requer das pessoas mais significativas da mulher (companheiro, familiares, amigos) muito carinho, compreensão, apoio e incentivo. Ser mãe é algo que se aprende a cada dia e, como tal, torna-se essencial estar rodeada de pessoas que encorajam e apoiam as suas intuições, as tentativas para ser mãe, os comportamentos adoptados.

O apoio e participação da família são, deste modo, fundamentais para que esse estado depressivo normal durante o puerpério (baby blues), não se transforme em algo mais sério. Se este estado depressivo se prolongar é fundamental procurar ajuda especializada."

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